Valter Campanato/ABr
BRASÍLIA - Apesar da resistência do Palácio do Planalto, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), manteve na pauta de votações de quarta-feira (23) um projeto que estabelece um piso nacional para os agentes comunitários de saúde - profissionais que trabalham com a prevenção de doenças, sob supervisão do SUS - e uma política de reajustes anual para a categoria.
O governo federal paga o atual piso às prefeituras e diz que os prefeitos não repassam a totalidade aos agentes e usam a verba para custear outras despesas. Os municípios trabalham para garantir que, pelo novo projeto, a União seja responsável por ampliar os repasses e bancar o piso.
O texto aprovado pela comissão especial prevê um repasse adicional do governo federal para Estados, Distrito Federal e municípios com o objetivo de fortalecer as políticas relacionadas à ação dos agentes comunitários de saúde e de combate às endemias. O aumento varia de 5% a 15% do valor repassado para pagamento dos salários desses agentes.
O presidente da Câmara disse que não pode deixar de discutir a proposta. "Esse projeto está há sete anos para ser votado".
O líder do PT, José Guimarães (CE), disse que o governo não vai aceitar aumentar os seus repasses. "Passaremos o dia todo negociando um texto que unifique o governo e os interesses da Casa."
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