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terça-feira, 26 de outubro de 2010

ONU e governo do Haiti iniciam campanha informativa

PORTO PRÍNCIPE - Agências da ONU e o Ministério da Saúde do Haiti iniciaram uma campanha de conscientização para tentar conter o surto de cólera que atinge o país desde a semana passada e que já matou ao menos 250 pessoas.

Na última segunda-feira (25), o comandante da Missão das Nações Unidas para Estabilização do Haiti (Minustah), o general brasileiro Luiz Guilherme Paul Cruz, sobrevoou a região afetada e acompanhou as tropas em visitas por terra.

Uma das maiores preocupações é com o aumento dos casos no departamento central de Artibonite, onde o surto teria começado, e com novas notificações na capital Porto Príncipe -- onde cinco infectados teriam sido detectados, todos provenientes de Artibonite.

"Nós podemos prever que [o cólera] vai chegar a Porto Príncipe, e vemos o presidente René Préval, em pessoa, preocupado e transmitindo mensagens de conscientização às pessoas sobre os procedimentos de cuidados sanitários", declarou Cruz.

De acordo com o comandante da Minustah, há uma mobilização de todos os envolvidos na missão, que têm procurado prestar o máximo de apoio a fim de controlar a doença, sob orientação da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Dados oficiais difundidos hoje confirmam que a epidemia deixou 259 vítimas fatais. As autoridades afirmam que a nova cifra reflete uma porcentagem de contágios baixa, o que significaria que a infecção está "contida". O último balanço coloca em 3.342 o número de pessoas contaminadas.

O cólera causa diarreia, vômitos e desidratação, e pode ser curado com antibióticos e sais de reidratação desde que seja diagnosticado a tempo. A epidemia no Haiti poderia ser contida com cuidados básicos como ingestão de água tratada e higienização dos alimentos, mas as condições precárias dos mais de um milhão de desabrigados deixados pelo terremoto de janeiro se tornam um empecilho.



 

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