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segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Injeção de álcool no coração salva vida de paciente, dizem médicos



Foto: Arquivo BBC
Procedimento envolveu inserção de catéter na região da virilha até o coração para injeção de álcool
Médicos britânicos dizem ter salvo a vida de um homem usando um tratamento pouco convencional: a equipe injetou álcool nas artérias que irrigam o coração do paciente.
Após sofrer um ataque cardíaco, Ronald Aldom, de 77 anos, da cidade inglesa de Portishead, tinha desenvolvido taquicardia ventricular - uma elevação na frequência dos batimentos cardíacos, originada no ventrículo, que pode ser fatal se não for tratada.

Então, decidiram apelar para uma técnica utilizada pouquíssimas vezes na Grã-Bretanha.
Os médicos do Bristol Heart Institute haviam tentado resolver o problema usando procedimentos convencionais para casos desse tipo, mas sem sucesso.
O método usa álcool puro para produzir um ataque cardíaco controlado que, por sua vez, provoca a morte de uma região do músculo cardíaco.

Ritmo normal

O procedimento envolve a inserção de um catéter - um tubo longo, fino e flexível - em um vaso sanguíneo na região da virilha. Desse ponto, o catéter é guiado até o coração.
Uma vez no coração, o catéter identifica a parte do órgão onde está sendo originada a arritmia.
O álcool é injetado nesse ponto, "matando" aquela região do músculo cardíaco e permitindo que o coração volte a bater em ritmo normal.
O médico responsável pela cirurgia, Tom Johnson, disse que o estado de Aldom - que já obteve alta do hospital - é "bem melhor" agora.
Johnson explicou que a equipe não tinha outra opção, e que o paciente não teria conseguido sair do hospital se a taquicardia ventricular não tivesse sido resolvida.




quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

CONFRATERNIZAÇÃO DOS AGENTES DE COMBATE AS ENDEMIAS DE BEZERROS-PE É SÓ SUCESSO

Estão de parabéns todos os agentes de combate as  endemias, por proporcionarem um festa cheia de alegria e descontração. o local perfeito o famoso bar da piscina   e levarem a sério o verdadeiro sentido da palavra confraternização. SÓ SUCESSO...CONFIRAM AS FOTOS.














terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Com a chegada do verão, prevenção à dengue deve ser reforçada



22/12/2012 - 11h20
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Características climáticas típicas do verão, que começou esta semana, são sinal de alerta para a transmissão da dengue no país. Para o coordenador do Programa Nacional de Controle da Dengue, Giovanini Coelho, o período de chuvas intensas e de maior umidade exige reforço dos cuidados de prevenção por parte dos gestores municipais e também da própria população.

O último Levantamento de Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), do Ministério da Saúde, mostra que 77 cidades brasileiras estão em situação de risco para a dengue. Dessas, em dez, a situação de risco prevalece desde 2011.
Em entrevista à Agência Brasil, Giovanini Coelho lembrou que pesquisas recentes demostram que o brasileiro se sente bem informado em relação à doença e às medidas de prevenção. O grande desafio, segundo ele, é transformar esse conhecimento em mudança de comportamento. “É fácil prevenir a dengue, mas é importante que a população efetivamente adote mudanças de comportamento por meio de ações que ela conhece muito bem”, explicou.
Dados do ministério indicam que, na Região Norte, as principais causas de criadouros do mosquito são a deficiência no abastecimento de água e na coleta do lixo. No Nordeste, o abastecimento de água aparece como o principal problema. No Sudeste, os depósitos domiciliares provocam o aumento da circulação do mosquito. No Sul, o alerta é para o lixo. Na Região Centro-Oeste, abastecimento de água, depósitos domiciliares e lixo representam praticamente o mesmo percentual no agravamento de criadouros.
Segundo o coordenador, municípios que enfrentam problemas com abastecimento de água devem focar em estratégias como tampar caixas d'água e desobstruir calhas. Cidades com criadouros em depósitos domiciliares devem focar nas vistorias das casas, na colocação de areia nos vasos de planta e na eliminação de recipientes que podem acumular água, como garrafas plásticas e pneus. Já os gestores que registram problemas com lixo precisam melhorar os serviços de limpeza urbana e conscientizar a população em relação ao descarte de resíduos em terrenos baldios, por exemplo.
“O Sistema Único de Saúde (SUS) tem milhares de agentes de saúde treinados para fazer o trabalho de assessoria, supervisão e visita aos domicílios. É fundamental que os gestores municipais tenham essa ação como uma prioridade. É fundamental que as visitas sejam feitas regulamente, que o poder local articule ações intersetoriais, particularmente voltadas para a manutenção da limpeza urbana. Esse conjunto de medidas que envolve a participação da população e a ação do Poder Público são fundamentais para passarmos por esse verão com uma menor quantidade de dengue possível”, concluiu.
A Campanha Nacional de Combate à Dengue 2012/2013 tem como slogan Dengue É Fácil Combater, Só Não Pode Esquecer. O objetivo da primeira fase, que se estende até o final deste mês, é mobilizar a população a adotar medidas simples de prevenção. Na segunda fase, que começa a partir de janeiro, o foco é no reconhecimento dos sinais e sintomas da doença e as principais medidas que devem ser adotadas pelas pessoas em caso de suspeita de dengue.
Edição: Carolina Pimentel


Governo reajusta salário mínimo para R$ 678 a partir de janeiro



24/12/2012 - 14h25
Iolando Lourenço e Luana Lourenço
Repórteres da Agência Brasil
Brasília - O valor do salário mínimo será R$ 678 a partir do dia 1° de janeiro de 2013. O anúncio foi feito hoje (24) e o decreto será publicado no Diário Oficial da União da próxima quarta-feira (26). Atualmente, o salário mínimo é R$ 622.
De acordo com a ministra-chefe da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, que fez o anúncio a pedido da presidenta Dilma Rousseff, o reajuste, de cerca de 9%, considerou “a variação real do crescimento” e o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
“Ela [Dilma] fez questão de que isso ocorresse hoje, na véspera do Natal”, disse a ministra. A proposta da Lei Orçamentária de 2013 previa o mínimo em R$ 674,96 a partir de janeiro.
Além do reajuste do salário mínimo, o governo anunciou hoje a isenção de imposto de renda sobre a participação nos lucros e resultados de até R$ 6 mil e escalonamento de alíquotas para benefícios acima desse valor.
Edição: Fábio Massalli

domingo, 23 de dezembro de 2012

A EMOÇÃO PREDOMINOU NA ÚLTIMA REUNIÃO DO ANO DO PACS BEZERROS-PE

A enfermeira Noely coordenadora do PACS em nossa última reunião do mês fez uma retrospectiva desses 4 anos, vimos que durante esse tempo os pontos negativos as dificuldades que enfrentamos, a pressão que ela passou,as vantagens que tivemos com ela que foi  a união da turma que antes alguns nem se cumprimentavam e hoje se falam se respeitam , e mesmo diante de tantas dificuldades conseguimos fazer nosso trabalho e ajudar tantas pessoas que precisavam da gente pelo menos isso é gratificante saber que nosso trabalho de nossos companheiros e nossa enfermeira deu certo. No final todos era só emoção rolaram lagrimas e a sensação de apesar da dificuldade o objetivo foi cumprido mais uma vez e isso a gente sabe que depende muito da coordenação que soube se sobressair diante de tudo isso de maneira  que podemos dizer  agora vai ser uma nova etapa um novo ano e começar tudo de novo se DEUS quiser.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

JUSTIÇA REINTEGRA AGENTES DE SAÚDE DEMITIDOS EM BEZERROS-PE

A prefeita do município de Bezerros, no agreste pernambucano ,logo após a derrota nas eleições passadas, demitiu médicos,enfermeiros, técnicos de enfermagem e agentes de combate as endemias contratados.Que imediatamente procuraram o SINDACS-PE que se empenhou em atender os mesmos. O sindicato procurou o Dr. Walter que   atendeu o pedido,e aceitou a causa e o resultado foi melhor que o esperado.Os agentes não só voltaram,como receberam  os seus salários. Parabéns  e agradecemos ao competente advogado Dr. Walter que lutou e conseguiu, e ao SINDACS que mesmo esses agentes de endemias não sendo filiados, não mediu esforços na luta por eles.  

sábado, 15 de dezembro de 2012

Osso da perna enxertado em espinha salva menina em cirurgia pioneira



Rosie Davies
Antes da operação, Rosie Davies corria o risco de morrer por compressão dos órgãos internos
Uma menina britânica de 5 anos que corria o risco de morrer a qualquer momento por compressão dos órgãos internos foi salva graças a uma cirurgia pioneira que corrigiu um buraco em sua espinha com ossos retirados de suas pernas.
Segundo sua família, antes da operação, Rosie Davies era "basicamente uma bomba-relógio". Com ossos faltando na parte inferior de sua espinha, o peso de seu corpo não tinha apoio e seus órgãos internos estavam sendo comprimidos.

Rosie nasceu com um problema raro chamado disgenesia vertebral segmentar. Cinco ossos que fariam parte de sua espinha estavam faltando, deixando um vazio de 10 centímetros em sua coluna vertebral.
Para a cirurgia que salvou sua vida, ela teve amputadas as partes inferiores de suas duas pernas, que ela não era capaz de mover.
Ela também tinha pouca sensação nas pernas, que eram contorcidas em direção à barriga.
A menina estava gradualmente ficando com pouco espaço em seu torso, o que eventualmente levaria à falência dos órgãos internos comprimidos.
Em seu último exame antes da operação havia evidências de que seus rins estavam sendo comprimidos.

Suporte adicional

Raio-x mostra falha na espinha de Rosie antes da operação
Rosie nasceu sem os ossos da parte inferior da espinha
As pernas de Rosie foram amputadas do joelho para baixo e um pedaço do osso foi retirado para cobrir o espaço que faltava em sua espinha.
Duas varetas de metal foram então parafusadas à parte superior de sua espinha e aos quadris para prover um suporte adicional.
A operação, no hospital infantil de Birmingham, na Inglaterra, levou 13 horas.
"Antes da operação ela era basicamente uma bomba-relógio - não sabíamos o quanto tempo levaria, não sabíamos quanto tempo teríamos com ela", afirma Scott Davies, pai de Rosie.
"Desde a operação, ela teve sua expectativa de vida aumentada para a de uma criança normal", diz.
Após a cirurgia, também há sinais de que ela está voltando a ter sensação nas pernas, o que significa que ela poderá um dia ser capaz de andar com próteses.
"A Rosie tem uma personalidade forte. É só dar a ela um equipamento para usar e ela usará, seja muletas ou pernas artificiais ou suas mãos. Ela dará um jeito de andar", afirma a mãe da menina, Mandy.
"Tudo o que ela sempre quis foi ser como sua irmã. Tudo o que ela quis fazer era andar de bicicleta como a irmã, correr como a irmã", afirma.
Os pais de Rosie afirmam que agora ela está mais confiante.

'Caso complicado'

Rosie Davies com a família
Para os pais de Rosie, a menina ganhou confiança após a operação na espinha
Uma operação nesta escala havia sido tentada uma única vez no passado, há dez anos na Nova Zelândia.
"Estamos muito felizes com os resultados da operação", afirma Guirish Solanki, um dos neurocirurgiões que operaram Rosie.
"Esta é apenas a segunda vez no mundo que uma equipe cirúrgica tentam fixar a espinha toráxica à lateral do quadril para um problema tão raro quanto o de Rosie", diz o médico.
"Esse caso era muito complicado, porque normalmente as crianças com essa condição não têm uma medula ou nervos que funcionem, mas a Rosie tinha. Então, ao fazer essa operação, tínhamos que ser extremamente cautelosos para não danificar seus nervos", afirma Solanki.

Pacientes de países pobres sofrem por falta de acesso à morfina



Atualizado em  14 de dezembro, 2012 - 08:30 (Brasília) 10:30 GMT
Acesso à morfina é mais fácil para pacientes de países como Estados Unidos e Grã-Bretanha
A morfina é uma droga barata, de fácil uso e eficiente no controle da dor. Então, por que milhões de pessoas no mundo morrem sentindo dor, sem acesso ao medicamento?
Em um ala do hospital Mulago, em Kampala, capital de Uganda, na África, um dos leitos é ocupado por uma paciente idosa chamada Joyce.
Em sua agonia, ela torceu os lençóis em torno de si mesma. Seu rosto também está contorcido pela dor. O marido da paciente circula em torno da cama, sem saber o que fazer.
Joyce tem câncer, e a doença se alastrou por todo o seu corpo. Poucos dias atrás, ela estava sendo medicada com morfina. Mas os suprimentos do hospital terminaram.
Segundo uma enfermeira, a paciente sente dor constantemente. "Ela descreve a dor como profunda - dentro dos ossos", afirmou.
O governo de Uganda produz e distribui sua própria morfina para uso em hospitais, mas por falta de organização, a distribuição da droga é irregular.

Sofrimento desnecessário

De acordo com dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), mais de cinco milhões de pessoas com câncer morrem anualmente em condições de dor intensa, sem ter acesso a morfina.
"O fato de que o que separa essas pessoas do alívio daquela dor é uma droga que custa US$ 2 por semana é simplesmente inadmissível", disse Meg O'Brien, chefe da ONG The Global Access to Pain Relief Initiative - entidade que luta por um maior acesso à morfina.
Morfina é produzida a partir de planta conhecida como papoula da Índia, a mesma usada na heroína
O'Brien disse que em países ricos, como a Grã-Bretanha e os Estados Unidos, existe morfina suficiente para tratar 100% das pessoas que sentem dor. Em países de baixa renda, no entanto, esse índice cai para 8%.
A morfina é produzida a partir de papoula (Papaver somniferum) - cujo 'leite' também é usado para a fabricação da heroína. Ela foi descoberta em 1804 e comercializada como analgésico, pela primeira vez, em 1817. Ela é recomendada pela Organização Mundial de Saúde para combater a dor em casos específicos.
Segundo alguns relatos, no entanto, é praticamente impossível de se encontrar morfina em cerca de 150 países de baixa renda (a lista também inclui alguns países de renda média). Vários governos não oferecem a droga, ou limitam seu uso, por temor de que ela seja usada para fabricar heroína.
Muitos médicos também relutam em receitar o medicamento, temendo que os pacientes fiquem viciados - algo que, estudos comprovam, raramente ocorre.
Na Índia, ter ou não ter acesso à morfina vai depender de onde você é tratado. Em Mumbai, o moderno e bem equipado Tata Memorial Hospital tem quantidades suficientes de morfina para tratar seus pacientes.
"Nunca ficamos sem", disse a médica Mary Ann Muckaden, encarregada do controle de dor no hospital.
Mas a história é muito diferente em outras partes do país. Muckaden calcula que entre 1 e 2% apenas dos indianos com câncer tem acesso a morfina.
Dinesh Kumar Yadav, com 28 anos, viajou 30 horas em um ônibus para ir buscar morfina no Tata Memorial Hospital. A esposa de Dinesh está em casa, na cama, com dor, mas não pode obter morfina no Estado onde os dois vivem, no norte do país.
Muckaden diz que parte do problema é uma burocracia asfixiante. "Muitos médicos no norte não querem enfrentar o rigoroso processo de licenciamento para estocar morfina", afirma.

Preconceito

Não são apenas problemas de distribuição que separam pacientes com dor intensa da morfina.
O Palliative Care Centre Cipla, em Pune, no Estado indiano de Maharashtra - um hospital que oferece tratamentos paliativos para pacientes com câncer - tem morfina em abundância. Porém, médicos relutam em referir pacientes para o centro, que tem capacidade ociosa de 40 %.
"Isto aqui é um céu na Terra", disse Asha Dikshit. A mãe dela sofria de câncer de mama e foi internada no Cipla no estágio terminal de sua doença.
Arejado e cercado de fontes e jardins, o lugar deixou uma boa impressão em Asha, apesar de sua mãe ter morrido ali.
"Ela estava em agonia, tinha dor nas costas e às vezes sofria alucinações". Asha conta, no entanto, que a mãe morreu em paz, medicada com morfina.
Todos os pacientes do centro têm câncer, e o tratamento é gratuito.
Por que haveria, então, tantos leitos vazios no Cipla?
A diretora do hospital, Priya Kulkarni, disse que muitos pacientes têm preocupações em relação à morfina.
Eles associam a morfina com morte e se retraem quando os médicos sugerem seu uso, ela explicou.
E pela mesma razão, os próprios oncologistas também deixam de mandar seus pacientes para o centro.
"Dizer algo como, 'Vou enviar você para um especialista em (tratamentos) paliativos' significa dizer, indiretamente, 'não tem mais nada que eu possa fazer por você'".

Indícios positivos

Apesar de tantos obstáculos ao uso da morfina nos países em desenvolvimento, Kulkarni e outros dizem que já há algumas melhorias.
Em países de baixa renda, o consumo aumentou dez vezes desde 1995, segundo dados do International Narcotics Control Board. E em vários países onde, até pouco tempo, não havia morfina - como Uganda, por exemplo - hoje já existem suprimentos, ainda que limitados.
De volta ao hospital em Kampala, onde a paciente Joyce se contorcia de dor por falta de morfina, a especialista em tratamentos paliativos Leslie Henson teve sorte: ela encontrou um último vidro de morfina em uma prateleira, suficiente para tratar dois ou três pacientes.
Logo, a droga é administrada na paciente, que sorri. Seu rosto não está mais contorcido e seu marido está aliviado.
Outros pacientes no hospital ainda sofrem. Mas nas próximas horas, ao menos, Joyce não sentirá dor.

Enfermeira é condenada por matar bebê durante circuncisão



Atualizado em  15 de dezembro, 2012 - 08:28 (Brasília) 10:28 GMT

Grace Adeleye / PA
Grace Adeleye teria feito circuncisão sem anestesia
Uma enfermeira britânica foi condenada nesta sexta-feira por homicídio culposo (quando não há intenção de matar) depois de errar um procedimento médico que causou a morte de um bebê de quatro semanas.
O incidente ocorreu em abril de 2010 quando Grace Adeleye fez uma circuncisão em um recém-nascido.
Porém, alegou a promotoria, a sutura foi mal feita e a criança sangrou até morrer antes de ser levada ao hospital.
O procedimento ocorreu em Oldham, no norte da Inglaterra.
Adeleye foi acusada de negligência no tribunal de Manchester.
A enfermeira, que negou o crime, disse ao júri que havia feito mais de mil circuncisões sem nenhum acidente.
Adeleye e os pais do bebê são da Nigéria, onde o procedimento em recém-nascidos é uma tradição em famílias cristãs.
Ela havia recebido 100 libras (336 reais) pela operação.
Durante o julgamento, a promotoria apresentou provas de que a enfermeira conduziu o procedimento usando apenas um par de tesouras, um fórceps e azeite de oliva, sem anestesia.
Adeleye afirmou que não percebeu "qualquer problema" quando saiu da casa da criança e que os pais do recém-nascido teriam ficado contentes com a operação.
Entretanto, a promotoria rebateu as afirmações da enfermeira, alegando que, quando os pais trocaram a fralda do bebê, se surpreenderam ao descobrir uma grande quantidade de sangue.
Eles teriam, então, telefonado para Adeleye, que sugeriu apenas "limpar" o ferimento.
No dia seguinte, os pais da criança decidiram chamar uma ambulância e o bebê foi levado a um hospital local, onde foi confirmada sua morte.

Butantan faz exposição sobre grandes epidemias


Bruno Bocchini
Repórter da Agência Brasil

São Paulo – Doenças como a peste negra, varíola, meningite, aids e gripe têm suas histórias contadas na exposição Grandes Epidemias, instalada do Museu de Microbiologia do Instituto Butantan, em São Paulo. Televisores e painéis, com a ajuda de sensores de movimento, explicam como cinco epidemias assolaram a humanidade.
Um dos destaques da exposição é a peste negra, denominação dada na Europa do século 14 à forma pulmonar da doença, caracterizada por hemorragias embaixo da pele, que formam manchas escurecidas. Estima-se que a doença, transmitida ao ser humano por meio das pulgas de ratos e de outros roedores, tenha matado de 25 a 75 milhões de pessoas no século 14.
“Queremos levar informação ao público sobre o que é uma epidemia e a importância de se prevenir, porque a epidemia pode sempre voltar a existir”, disse a educadora do museu do Instituto Butantan, Juliana Moraes.
Outro destaque é a história da varíola, doença contagiosa que foi declarada extinta do planeta na década de 1970, graças a campanhas de vacinação. De origem viral, a doença é caracterizada por febre, dor no corpo, vômitos e lesões cutâneas.
O visitante poderá ter mais informações sobre cada uma das epidemias por meio de vídeos rápidos, com duração de sete minutos cada. A entrada para a exposição custa R$ 6. Estudantes com identificação pagam R$ 2,50. Crianças de até 7 anos, idosos a partir de 60 e pessoas com deficiência não pagam.

Edição: Lílian Beraldo

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

HPV causa 90% dos casos de câncer de colo de útero



Do G1, em São Paulo

tópicos:
O vírus do papiloma humano (HPV, na sigla em inglês) é a doença sexualmente mais comum que existe. Atinge tanto homens quanto mulheres, e pode causar verrugas ou feridas genitais.
Nas mulheres, porém, o vírus gera uma preocupação a mais. Em 90% dos casos de câncer do colo de útero, o HPV é o responsável. Para prevenir essa doença, o segundo tipo de tumor mais comum entre mulheres, é preciso fazer o exame papanicolau com a frequência recomendada (veja no quadro abaixo).
No Bem Estar desta terça-feira (21), o ginecologista José Bento e o oncologista Glauco Baiocchi Neto explicaram a melhor maneira de se proteger desse vírus e a importância de fazer o diagnóstico rapidamente.
HPV valendo (Foto: Arte/G1)
Existem dois tipos de vacina contra o HPV, mas nenhum deles protege contra todas as variações. Por isso, o exame preventivo também deve ser feito mesmo em mulheres vacinadas.
As três doses necessárias ainda não estão disponíveis na rede pública de saúde. Nas clínicas particulares, custam em média R$ 1.000, e a aplicação é recomendada principalmente em meninas e adolescentes. Antes do início da vida sexual, a eficácia é de quase 100%.
Apesar de o vírus ser mais perigoso para as mulheres, a imunização de homens também é importante. Afinal, além do risco de ter verrugas genitais, eles podem transmitir o vírus, o que pode não ocorrer se estiverem vacinados.
A transmissão do HPV acontece por contato direto com a pele infectada. Os tipos genitais são passados na relação sexual. Também há estudos que demonstram a presença rara dos vírus na pele, na laringe (cordas vocais) e no esôfago. O desenvolvimento de qualquer tipo de lesão clínica em outras regiões do corpo é bastante raro.
Compartilhar toalhas ou roupas íntimas também pode transmitir o vírus. O micro-organismo é capaz de sobreviver até uma semana em peças de roupa, por exemplo. Contudo, se essa peça for lavada com água e sabão, ele desaparece. No caso de copos, não há nenhuma evidência científica de que o compartilhamento transmita o HPV.

Médicos na Índia usam vinagre para detectar câncer



Da BBC*

Comente agora
Exame para detectar câncer de colo de útero na Índia (Foto: Getty Images/BBC)Exame para detectar câncer de colo de útero na
Índia (Foto: Getty Images/BBC)
Os exames citológicos tradicionalmente usados para detectar a presença de células causadoras de câncer de colo de útero são caros e requerem equipamentos especializados. Por isso, médicos indianos estão usando um método alternativo que tem por base um material inusitado -- ácido acético, ou vinagre comum.
O método -- desenvolvido por cientistas da Universidade Johns Hopkins e de outras instituições -- está sendo usado em lugares como a aldeia de Dervan, no estado de Maharashtra, onde os médicos improvisaram uma clínica temporária em uma loja vazia.
Ele consiste em recolher, com a ajuda de uma espécie de cotonete com vinagre, material do colo do útero das pacientes. Se o vinagre fizer o material recolhido ficar branco ou amarelado, há indícios da presença de células pré-cancerígenas.
Em países como os EUA, o câncer de colo de útero costumava matar mais mulheres do que qualquer outro câncer. Hoje, porém, praticamente não há mortes em muitos países desenvolvidos graças ao exame conhecido como Papanicolau -- que permite a detecção precoce e tratamento da doença.
Na Índia, no entanto, dezenas de milhares de mulheres ainda morrem todos os anos de câncer de colo de útero. "Não é possível para nós oferecer o exame (Papanicolau) de forma tão frequente como no Ocidente", diz Surendra Shastri, do Tata Memorial Hospital, em Mumbai.
A análise do Papanicolau requer um time de especialistas bem treinados e um laboratório bem equipado, mas muitas regiões da Índia não têm nem um, nem outro. "Então, o que podemos fazer?", Shastri questiona. "Não podemos deixar que as mulheres morram".
Resistência
Os exames com vinagre são uma resposta relativamente simples e barata a esse dilema. Eles estão sendo feitos como parte de um projeto do Tata Memorial Hospital, de Mumbai, e do Hospital Walawalkar, de Dervan, dirigido pela médica Suvarna Patil.
Patil diz que quando o teste "alternativo" foi levado para as aldeias, onde passou a ser oferecido gratuitamente, as mulheres indianas não pareciam estar interessadas.
Muitas achavam o exame incômodo e constrangedor, e um amplo trabalho de conscientização teve de ser implementado para quebrar sua resistência.
Profissionais da área de saúde visitaram diversas casas com seus computadores e apresentações de PowerPoint -- em um país em que, contraditoriamente, há ampla disseminação de alguns equipamentos tecnológicos, mas a qualidade dos serviços básicos ainda é precária.
Cartazes foram espalhados em ruas e praças e encontros foram realizados com líderes comunitários e estudantes.
Estratégias
Ainda assim, como contou Patil, as mulheres não pareciam convencidas da importância do exame.
Uma tripla estratégia ajudou a arrefecer essa resistência.
Primeiro, uma equipe feminina de médicas e enfermeiras foi destacada para fazer os exames.
Segundo, essa equipe passou a oferecer não apenas o teste para detectar o risco de câncer de colo do útero, mas também um check-up total das pacientes, medindo sua pressão arterial, avaliando problemas dentários e ajudando a detectar diabetes e outras doenças que preocupam bastante as mulheres da região.
Para completar, os homens também passaram a ser recebidos para um check up -- e o apoio masculino foi um fator essencial para que as mulheres comparecessem a esses postos de saúde improvisados.
Essas estratégias ajudaram a causar uma mudança de atitude, que também foi impulsionada pela gradual disseminação de uma percepção positiva sobre os resultados dos exames.
Segundo Patil, pouco a pouco, as indianas começaram a perceber que ele realmente estava ajudando parentes e conhecidas a vencer o câncer.
"Elas começaram a ver os resultados. Entenderam que se o câncer é detectado em estado precoce o paciente se recupera bem", disse a médica.
"Agora, as pessoas estão vindo até nós para pedir que façamos o exame em grupos de mulheres de uma ou outra região".
*O programa "The World" é coproduzido pela BBC e a rádio pública americana PRI.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Número de doentes renais no Brasil dobra em uma década, alertam médicos



Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Brasília – O avanço de doenças crônicas, sobretudo do diabetes e da hipertensão, tem provocado um aumento no número de pacientes com problemas nos rins. Dados da Sociedade Brasileira de Nefrologia indicam que o número de doentes renais no Brasil dobrou na última década. Estima-se que 10 milhões de brasileiros sofram de alguma disfunção renal. Atualmente, entre 90 mil e 100 mil pessoas passam por diálise no país.
Outro alerta é que mais de 70% dos pacientes que iniciam a diálise descobrem a doença quando os rins já estão gravemente comprometidos. O presidente da entidade, Daniel Rinaldi, lembrou que os profissionais de saúde da atenção básica devem estar atentos aos chamados pacientes de risco – diabéticos, hipertensos, idosos e pessoas com casos de doença renal na família.
Segundo ele, para esses grupos, devem ser prescritos exames simples e de baixo custo, como a creatinina (sangue) e a perda de albumina (urina). Caso o resultado indique possível doença renal, o paciente deve ser encaminhado para um nefrologista.
O vice-presidente da sociedade médica, Roberto Pecoits, acredita que falta comunicação entre os próprios profissionais de saúde. Um dos principais problemas, continuou Pecoits, é a ausência de um protocolo de atendimento específico para doenças renais a ser adotado pelos médicos, desde a atenção primária.
“Falta uma estruturação da rede. Esse paciente, se acompanhado pelo especialista desde o início, pode não precisar de diálise ou de um transplante”, disse. “A doença renal crônica não apresenta sinais e sintomas em fase precoce. Os médicos precisam estar atentos aos grupos de risco”, completou.
A expectativa da Sociedade Brasileira de Nefrologia é que uma reunião com representantes do Ministério da Saúde, agendada para janeiro de 2013, possa ser o pontapé inicial para a criação de uma rede de atendimento a doentes renais.
A doença renal crônica significa uma perda lenta, progressiva e irreversível da função dos rins. Até o paciente perder quase metade da capacidade de funcionamento dos órgãos, a doença, praticamente, não é percebida. A partir daí, começam a surgir os primeiros sintomas, como inchaço, pressão alta e anemia. Os principais fatores de risco para uma doença renal são o sobrepeso, o tabagismo e idade acima de 50 anos, além da hipertensão arterial, do diabetes e do histórico familiar.

Edição: Carolina Pimentel//Texto atualizado às 15h11, do dia 10 de dezembro, para correção do sobrenome do vice-presidente da Sociedade Brasileira de Nefrologia. O nome correto é Roberto Pecoits, e não Roberto Tecoits, como informado anteriormente

Cuidados com alimentação podem ajudar a evitar câncer no sistema gastrointestinal



Marli Moreira
Repórter da Agência Brasil
São Paulo- A dieta dos prazeres à mesa pode ser uma ameaça à saúde se a escolha do cardápio não for bem diversificada no dia a dia. O alerta é do cirurgião oncologista Samuel Aguiar Júnior, diretor do Núcleo de Tumores Colorretais do Hospital A.C. Camargo, hospital referência no tratamento de câncer.
De acordo com o médico, embora não se possa fazer uma associação direta de casos de câncer de intestino com o hábito alimentar, existem evidências de que os riscos de se contrair a doença aumentam nos grupos populacionais onde é exagerado o consumo de carnes, principalmente das processadas, enquanto se deixam de lado as fibras vegetais, as frutas e as verduras.
O oncologista esclareceu que os experimentos com animais ainda não puderam esclarecer de maneira convincente qual o real impacto sobre a saúde a que estão sujeitas as pessoas que não abrem mão da carne em suas refeições. “[No entanto], existe evidência científica de que padrões em que há excesso de consumo de carne vermelha e excesso contrário de não consumir frutas e verduras aumentam o risco”.
Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) mostram que os casos de câncer colorretal (tumores encontrados no intestino grosso e no reto) têm, na maioria das vezes, tratamento e cura quando detectados no início. A doença aparece quase sempre em pólipos - lesões benignas que podem crescer na parede interna do intestino grosso. A retirada desses pólipos é o procedimento correto para evitar que se transformem em tumores malignos.
A taxa estimada de incidência da doença divulgada pelo Inca em relação a este ano e também para 2013 oscila entre 14,23 e 26,19 novos casos a cada grupo de 100 mil homens e de 15,66 a 28,38 novos casos para as mulheres,. As maiores incidências previstas concentram-se em duas localidades: São Paulo, com 26,19 casos a cada grupo de 100 mil homens e de 25,63 referente às mulheres, e no Rio Grande do Sul, onde foi estimado 25,38 em relação às mulheres e 23,04 novos casos para os homens.
Perguntado se a população japonesa, que segue à risca a culinária baseada em vegetais e peixes, estaria em vantagem no quesito saúde, o médico respondeu que, entre os japoneses, há alta incidência de câncer de estômago causada pelo consumo de alimentos armazenados em conservas e muito salgados. O ideal é a combinação de uma dieta balanceada com frutas, verduras, legumes de forma mais natural possível e até carne,  aliado a exercícios físicos.
“A gente fala muito hoje de balanço energético. Mas há uma diferença entre o que você ingere e o que você gasta. Então você pode até ter uma dieta calórica, mas se você gastar muito, você, teoricamente, está compensado. Você pode ter uma dieta pouco calórica, mas se for sedentário, então, você não está protegido. São muitos fatores associados. Quando você associa a fumo, aí você tem uma bomba relógio maior. É muito difícil você identificar um fator único e isolado para câncer de intestino”
O médico salienta que alimentos inadequados, sedentarismo, excesso de álcool e tabagismo por um período prolongado contribuem para a pessoa vir a desenvolver a doença. A grande maioria dos casos surge em pessoas acima dos 50 anos. Apesar de mais raros, observa Samuel, há registro também entre os jovens e, sempre que isto ocorre, desconfia-se da possibilidade de ser um problema hereditário. A incidência , contudo, de fatores genéticos, herdados de pai para filho, por exemplo, responde por apenas 10% dos casos.
Até “o velho e bom chimarrão”, muito apreciado pelos habitantes do Sul do país, principalmente, entre os gaúchos, moradores de algumas regiões do Paraná e pelas populações da Argentina e do Uruguai, aparece como um fator de risco, mas para câncer de esôfago. No entanto, são só evidências que não estão relacionadas à erva e sim ao costume de se tomar a bebida muito quente. “Essa evidência, porém, não é tão forte assim”, diz o médico.
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Edição: Fábio Massalli