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terça-feira, 2 de julho de 2013

Província de Andaluzia (Espanha) tem interesse em enviar médicos para o Brasil


Ministro Alexandre Padilha durante reunião com representantes do Governo da Espanha. | Foto: Karina Zambrana / Ascom-MS
O Ministro da Saúde, Alexandre Padilha, recebeu nesta sexta-feira (28) o Secretário Geral de Qualidade e Inovação da Conselheria de Saúde e Bem-Estar Social da província de Andaluzia, José Luis Rocha Catilla. Durante o encontro, Padilha ressaltou a importância da parceria da Espanha em um momento histórico de ampliação dos investimentos para formar e levar médicos para as regiões mais carentes do país. “Estamos no momento decisivo para a política de atenção primária de saúde, investindo em infraestrutura das unidades de saúde e na formação dos nossos médicos, mas a escassez desse profissional nas periferias e interior tem dificultado o nosso avanço”, explicou Alexandre Padilha.
Governo Federal vai abrir um edital ainda este ano para convocar médicos brasileiros para atuar nas cidades que mais necessitam de atendimento de saúde. Quando não houver brasileiros disponíveis, serão contratados médicos estrangeiros para trabalhar exclusivamente na atenção básica.
O secretário José Luis Rocha Catilla qualifica a possibilidade da atuação temporária do médico espanhol no Brasil como uma perspectiva positiva. “Apoiamos essa iniciativa com o caráter temporário, pois possibilita uma troca valiosa de experiências entre esses profissionais que precisam estar em constante atualização de conhecimento”, afirmou Catilla.
O Brasil e Governo Central da Espanha conversam sobre possibilidades de intercâmbio de experiências entre profissionais de saúde dos dois países, dando continuidade às tratativas de cooperação entre os dois países na área de recursos humanos. Nesta quinta-feira (27/06), o Ministério da Saúde brasileiro acompanhado da embaixada do Brasil em Madri, se reuniu com a Secretaria Geral de Saúde e Consumo, do Ministério da Saúde espanhol, Pilar Farjas, o Diretor de Organização Profissional Jose Castrodeza e Subdiretora de Relações Internacionais, Amanda Sanchez.
Os dois países já estão trabalhando, de forma bem sucedida, o tema da formação por meio do Programa Ciência sem Fronteiras, que permitirá a especialização de cerca de 8 mil estudantes e pesquisadores brasileiros na Espanha e projetos de pesquisa de profissionais espanhóis no Brasil.
Falta de médicos – O déficit de médicos no Brasil é um dos principais gargalos para ampliar o atendimento noSistema Único de Saúde (SUS). O Brasil possui apenas 1,8 médicos por mil habitantes. Esse índice é menor do que em outros países, como a Argentina, 3,2 médicos por mil habitantes, e Portugal e Espanha, ambos com 4 por mil.
Além disso, o país sofre com uma distribuição desigual de médicos nas regiões. 22 estados possuem número de médicos abaixo da média nacional: Maranhão (0,58), Amapá (0,76), Pará (0,77), Piauí (0,92), Acre (0,94), Ceará (1,05), Amazonas (1,06), Bahia (1,09), Mato Grosso (1,10), Alagoas (1,12), Paraíba (1,17), Rio Grande do Norte (1,23), Pernambuco (1,39), Goiás (1,45), Mato Grosso do Sul (1,54), Paraná (1,68) e Minas Gerais (1,81).
Mesmo em estados com maior relação de médicos por habitante, a distribuição é desigual. O estado de São Paulo, por exemplo, que tem 2,49 médicos por mil habitantes, conta com uma relação muito menor na região de Registro (0,75).
Ao longo dos últimos dez anos, o número de postos de emprego formal criados para médicos no Brasil ultrapassa em 54 mil os de graduados – surgiram 147 mil vagas neste mercado de trabalho, contra 93 mil profissionais formados, conforme dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
A este quadro de carência de profissionais, soma-se a perspectiva de contratação de 35.073 médicos para trabalhar nas unidades públicas, cuja construção está sendo custeada com recursos do Ministério da Saúde até 2014.
Fonte: Paula Rosa / Agência Saúde

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