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quinta-feira, 17 de março de 2011

Coceira intensa pode ser o sintoma de uma doença


Dermatite atópica é um problema crônico que pode causar lesões na pele.

Quando a coceira começa a incomodar demais e atrapalhar o trabalho, o sono e a vida social, é hora de procurar um médico. Essa vontade incontrolável não é uma doença, mas o sintoma de uma. 

De acordo com o dermatologista Roberto Takaoka, a  pele é o maior órgão do corpo humano, que protege as pessoas de infecções. Ele também esclareceu o que pode agredi-la e quais medidas ajudam a reduzir a frequência e a intensidade das crises.

O principal motivo da coceira, segundo o médico, é a falta de hidratação da pele, mas ela também pode ser desencadeada por estresse ou por uma doença crônica, hereditária e não contagiosa chamada dermatite atópica. É comum que o problema apareça já na infância e demande cuidado por toda a vida, mesmo após o desaparecimento dos sinais.

Contra a coceira, é indicado tomar banhos rápidos e com água morna para fria, não passar buchas vegetais ou muito sabonete (que deve ser neutro), preferir roupas de algodão e evitar tecidos sintéticos. Para hidratar a pele, um especialista pode prescrever hidratante sem perfume ou pomada.

Em adultos, o “comichão” atinge mais as dobras, o cotovelo e os joelhos. Em bebês, costuma afetar o rosto, os braços e as pernas. Se a pessoa se coçar demais, pode adquirir uma lesão ou infecção.

Há dez anos, as coceiras perseguem o professor Hussani Kamal, que em dias de sol usa um guarda-chuva como forma de prevenção. Quem o vê não entende, porque ele tem a pele negra e usa o acessório no calor, mas é principalmente contra isso que Kamal se protege, já que o problema aumenta no verão. Além do guarda-chuva, o professor carrega sempre um kit que inclui hidratante, toalha e lenço umedecido para tirar o excesso de suor, que torna a irritação ainda pior.

“É um processo involuntário, como se você não controlasse. A pessoa chega a ficar 10, 12 horas se coçando e, quando a mão começa a doer, passa a usar o braço”, contou Kamal, que à noite costuma sentir um incômodo maior. Ele já esteve internado durante sete dias por causa do problema, e hoje se cuida mais: usa camisas de manga comprida para manter a umidade da pele, segue uma dieta saudável (sem corantes nem conservantes), faz atividade física e não descuida do tratamento.

Mas não é só o clima mais quente e o período noturno que intensificam a coceira da dermatite: as emoções influenciam muito. Por isso, o professor é adepto do budismo e da psicoterapia. Com todas essas medidas para diminuir o suor e o estresse, ele disse que já melhorou mais de 80%.

Fonte: pe360graus

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