Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Quarenta pacientes de alta complexidade internados em unidades de terapia intensiva (UTI) de hospitais públicos do Distrito Federal (DF) vão ser transferidos para o serviço home care (atendimento continuado em casa).
De acordo com a secretário de Saúde do DF, Rafael Barbosa, 18 famílias já manifestaram interesse no tratamento domiciliar. Os pacientes apresentam algum tipo de quadro crônico que provoca insuficiência respiratória e exige ventilação mecânica, como casos de esclerose amiotrófica, distrofia muscular e paralisia cerebral quadriplégica espástica.
“O serviço de home care era uma reivindicação antiga”, disse o secretário. Atualmente, pelo menos oito pacientes no DF fazem uso da internação domiciliar graças a demandas judiciais. “Estamos pioneiramente oferecendo esse serviço”, completou.
Para se candidatar ao serviço de atendimento domiciliar, o paciente precisa ser classificado por uma equipe médica como de alta complexidade. Além disso, é necessário que ele more no DF e que a residência tenha condições adequadas às exigências do sistema home care. O próprio paciente ou um responsável legal deve autorizar a transferência com o consentimento formal.
A Secretaria de Saúde vai disponibilizar equipamentos, medicamentos, dietas, tratamentos, exames e demais recursos necessários para a assistência em casa. A internação inclui desde curativos e administração de remédios até procedimentos mais complexos como a ventilação mecânica.
Uma equipe médica multidisciplinar fará o acompanhamento do paciente em casa, sendo que um técnico de enfermagem ficará responsável pelo monitoramento 24 horas. A família não será autorizada a manusear os equipamentos.
A estimativa do governo do DF é que o sistema home care reduza em cerca de 50% os gastos com pacientes crônicos. Na UTI hospitalar, a média de gastos diários é R$ 3 mil, enquanto, em casa, os custos caem para R$ 1,2 mil ao dia.
Edição: Juliana Andrade
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