Cerca de 150 agentes de saúde e combate às endemias de Fortaleza realizaram manifestação na manhã desta quarta-feira (17), no bairro Dionísio Torres. Os trabalhadores, em greve há 10 dias, reivindicam o cumprimento da Lei 12.994, que vigora desde 17 de junho de 2014 em âmbito nacional e determina o piso salarial dos trabalhadores fixado em R$ 1.014 mensais.
Os agentes se concentraram na Praça da Imprensa, por volta de 9h, com a organização do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Combate às Endemias do Ceará (Sinasce) e apoio da Central Única dos Trabalhadores (CUT), a qual o sindicato é afiliado.
Entoando gritos de ordem, os grevistas percorreram as avenidas Antônio Sales eDesembargador Moreira, paralisando o trânsito. Segundo o presidente do Sinasce, Luiz Claudio, o objetivo dos manifestantes era chegar à sede da Secretaria Municipal de Planejamento Orçamento e Gestão de Fortaleza (Sepog), para realizar novo protesto.
Entre os 4500 agentes de saúde da rede pública da capital, cerca de 1500 já aderiram à greve, e o número pode ultrapassar 2000 até a proxima semana, acredita o presidente do Sinasce.
A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) se mostrou "surpresa" com a greve dos agentes e afirmou estar no prazo estipulado pela portaria nº 1833 para elaborar proposta de regulamentação da Lei nº 12.994.
Segundo o órgão, a lei "altera a de nº 11.350, de 5 de outubro de 2006, para instituir o piso salarial profissional nacional e diretrizes para o plano de carreira dos Agentes Comunitários de Saúde e dos Agentes de Combate às Endemias".
Além disso, alegou que todas as reivindicações são discutidas em um fórum instituído pela Prefeitura de Fortaleza desde o início da gestão, onde são negociados todos os assuntos relacionados à categoria dos agentes de saúde e endemias.
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