A polícia italiana prendeu nesta sexta-feira nove cardiologistas acusados de fazer tratamentos experimentais em pacientes durante cirurgias.
A investigação começou depois do registro de mortes em um mesmo hospital e após um grupo de consumidores denunciar procedimentos médicos.
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Os médicos presos estavam ligados ao hospital Policlínico, na cidade de Modena (norte do país) e trabalhavam na unidade de cardiologia. A morte de pelo menos dois pacientes está sendo investigada.
Cirurgia e fraude
De acordo com o correspondente da BBC na Itália, Alan Johnston, os médicos estão sendo processados por fazerem tratamentos ilegais, mas também são acusados de corrupção, desvio de dinheiro, fraude no sistema de saúde público e associação criminosa.
Um cardiologista está preso e os outros estão sob prisão domiciliar.
"Os investigadores descobriram uma organização bem azeitada - formada por cardiologistas e representantes de empresas de materiais médicos - que estava envolvida em temas ligados à corrupção", dizia um comunicado da polícia, segundo a AFP.
A polícia afirma que foram apreendidos 1 milhão de euros (cerca de R$ 2,6 milhões) em contas bancárias. Também estão envolvidas 12 empresas de fornecimento de materiais médicos, sendo seis delas estrangeiras.
Os médicos foram proibidos de trabalhar enquanto o inquérito está em andamento. As investigações tiveram início há cerca de um ano, quando um grupo de defesa do consumidor receber diversas denúncias sobre irregularidades no hospital.
As autoridades perceberam que o caso era mais grave do que se pensava inicialmente à medida que as autoridades investigavam tanto as questões médicas como as financeiras.
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