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quinta-feira, 4 de abril de 2013

Casos de dengue podem chegar a 600 mil e alcançar 2010, diz ministro



Luis Macedo / Câmara dos Deputados
Audiência pública conjunta das comissões de Defesa do Consumidor (CDC), Fiscalização Financeira e Controle (CFFC) e de Seguridade Social e Família (CSSF) com a presença do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, para discutir temas da pasta
Segundo Padilha, número de mortes pela doença pode aumentar este ano
O número de casos de dengue no Brasil pode se aproximar 600 mil este ano. A estimativa é do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que participou nesta quarta-feira (3) de audiência pública conjunta das comissões de Seguridade Social e Família, Defesa do Consumidor e de Fiscalização Financeira e Controle.
O patamar é próximo do de 2010, o pior ano da epidemia no país, quando foram confirmados 580 mil casos. Naquele ano, porém, circulavam pelo País apenas dois tipos de vírus. Hoje, já são quatro. De acordo com Padilha, de 2010 para cá houve redução de 84% do número de casos graves de dengue confirmados, mas o número de óbitos pela doença pode aumentar em 2013 em relação ao ano passado. A concentração maior, atualmente, está nos estados de Minas Gerais, São Paulo e Goiás.
“A maior parte da circulação é do dengue tipo 4, que é um vírus novo, que vem circulando desde 2011 no País, e uma circulação também de dengue tipo 1, ou seja, pegando pessoas que não tiveram dengue tipo 1 ao longo da história da epidemia de dengue no nosso país, que começou em 1985”, disse Padilha.
O ministro atribuiu o aumento do número de casos ao processo de eleição e de transição municipal, que teria interrompido ou atrasado as ações de combate à dengue, além da circulação do novo tipo de vírus, o tipo 4. Outro motivo seria a forte concentração da doença em dois estados da região Sudeste, São Paulo e Minas Gerais, onde há grande densidade populacional.
Falta de médicos
Padilha disse que o desafio mais crítico da saúde pública brasileira é a falta de médicos. De acordo com ele, a média no país é de 1,8 médicos por mil habitantes. Na Inglaterra, que tem o segundo maior sistema público de saúde após o Brasil, são 2,7 por mil habitantes.
Padilha defendeu a contratação de médicos do exterior, caminho, de acordo com ele, seguido por vários países. A posição do ministro foi questionada por alguns deputados, como Ronaldo Caiado (DEM-GO), preocupado com a qualidade da formação desses profissionais. Mas Alexandre Padilha se disse favorável ao Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos Expedidos por Instituições de Educação Superior Estrangeiras (Revalida), prova aplicada pelo governo para autorizar os médicos formados no exterior a atuarem no país. O Revalida é uma iniciativa dos ministérios da Saúde e Educação.
“Eu sou favorável ao Revalida. Acho que precisa ser aprimorado, como o Ministério da Educação vem fazendo. Sou contra a validação automática. Podemos ter mecanismos como outros países têm para garantir mais médicos, com mais qualidade e mais perto da população brasileira”, afirmou.
O ministro negou que o governo estude um aumento da desoneração de Imposto de Renda para os usuários de planos de saúde ou a criação de planos de saúde com menor cobertura do que o mínimo exigido, o que chamou de plano de saúde pobre para pobre. Mas defendeu a necessidade de debater a sustentabilidade da expansão do setor de saúde suplementar no País.
Reportagem – Marise Lugullo
Edição – Janary Júnior

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